Hoje na Economia – 31/07/2020
Bolsas de ações em diversas partes do mundo operam em alta, nesta sexta-feira, repercutindo os bons resultados corporativos divulgados pelas gigantes de tecnologia – Apple; Amazon; Alphabet; Facebook – cujos balanços superaram as expectativas. O sentimento de otimismo é temperado por temores diante do ressurgimento de novas ondas de infecções por coronavírus em várias partes do mundo.
As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente no vermelho. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou queda de 1% na sessão de hoje. Prevaleceram preocupações com a disseminação do coronavírus no Japão, Hong Kong e Austrália, bem como certo desapontamento com a queda recorde do PIB dos EUA no 2º trimestre, divulgado ontem. No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 2,82% em Tóquio, pressionado por ações de financeiras. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,47%; o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,78% em Seul; o Taiex registrou perda de 0,46% em Taiwan. Na China, porém, o índice Xangai composto fechou com ganho de 0,71%, encerrando julho com valorização superior a 10%. O resultado de hoje foi favorecido pela divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) da indústria que subiu de 50,9 em junho para 51,1 em julho, sugerindo que a atividade fabril na China vem se expandindo em ritmo mais veloz do que se imaginava, após o choque do coronavírus.
Na Europa, a maioria dos mercados opera em alta, enquanto se avalia os impactos decorrentes da pandemia de coronavírus sobre a economia da zona do euro e sobre os balanços das grandes empresas da região. A divulgação do PIB da zona do euro, que sofreu contração histórica de 12,1% no segundo trimestre, pior do que o projetado pelos analistas ajudou a esfriar os ânimos dos investidores. O índice pan-europeu de ações, STOXX60, opera com alta de 0,70%, no momento, o que o coloca, praticamente, no mesmo nível em que começou julho. Em Londres, o FTSE100 avança 0,37%; o CAC40 tem ganho de 0,63% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 0,79%. O euro perdeu força ante ao dólar com a divulgação do PIB da zona do euro abaixo das expectativas: é negociado a US$ 1,1845 no momento, com queda de 0,05%.
No mercado americano, os futuros das bolsas de Nova York operam em alta, nesta manhã, favorecidos pelos bons resultados apresentados pelos balanços das principais empresas de tecnologia. O índice futuro do Dow Jones registra alta de 0,16%; S&P 500 sobe 0,28%; Nasdaq se valoriza 1,11%. A T-Note de 10 anos remunera a 0,529% ao ano, recuando um ponto base. O índice DXY recua 0,07% nesta manhã, situando-se em 92,96 pontos, mantendo sua trajetória de queda observada ao longo da semana. Na agenda econômica, serão divulgados os dados sobre renda e despesas pessoais, bem como a inflação medida pelo deflator do consumo pessoal (PCE), todos referentes a junho.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta. Recuperam parte das perdas de ontem, estimulado pelos dados que mostraram a atividade industrial na China se recuperando da pandemia de coronavírus em ritmo mais rápido do que o esperado. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para setembro, é negociado a US$ 40,17/barril, com alta de 0,63%.
A Bovespa deve abrir em alta acompanhando os futuros das bolsas de Nova York, após o bom desempenho apresentada pelas ações das quatro maiores gigantes americanas de tecnologia no after market. A volatilidade deve comandar o desempenho da taxa de câmbio em dia de formação da ptax. Será divulgado o resultado consolidado do setor público de junho, que trará déficit histórico, mas que não deverá mexer muito com a curva de juros futuros.