Hoje na Economia – 31/08/2020

Hoje na Economia – 31/08/2020

Mercados mundiais continuam se beneficiando no enorme apetite ao risco dos investidores, mesmo com alguns dos principais índices do mundo batendo recordes de alta. O ambiente permanece propício ao risco, após o relaxamento da quarentena em diversos países e da expectativa de logo se contar com uma vacina. O fundamental, no entanto, é o compromisso dos principais bancos centrais em estimular a recuperação econômica, reforçado pelo Fed, na semana passada, de buscar uma política monetária mais leniente com a inflação.

Na Ásia, os mercados de ações não tiveram um bom desempenho, nesta segunda-feira. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific terminou a sessão com queda de 0,70%. Em parte, foi reflexo dos dados mistos sobre atividade divulgados na China. O índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial, apurado pela NBS, diminuiu de 51,1 em julho para 51 em agosto (mercado projetava 51,2), enquanto o PMI-serviços subiu de 54,2 para 55,2 no mesmo período, atingindo o maior patamar em 31 meses. Em Xangai, o índice Composto, após operar em alta na maior parte do pregão, fechou com queda de 0,24%. Em Hong Kong, o Hang Seng se desvalorizou 0,96%, enquanto o sul-coreano Kospi perdeu 1,17% em Seul. O Taiex cedeu 1,08% em Taiwan. No Japão, o índice Nikkei fechou com alta de 1,12%, recuperando-se da queda de sexta-feira, após o anúncio da saída de Shinzo Abe do governo. O iene se desvaloriza 0,54% ante ao dólar, sendo a moeda americana negociada a 105,94 ienes.

Os futuros dos três principais índices de ações da bolsa de Nova York apontam para uma forte abertura em Wall Street, nesta manhã. O futuro do Dow Jones sobe 0,26%, no momento; S&P 500 avança 0,31%; Nasdaq se valoriza 0,35%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos praticamente encontra-se estável, em 0,72% ao ano. Da mesma forma, o índice DXY do dólar tem queda marginal, situando-se no nível de 92,33 pontos (-0,03%). Na agenda, o foco estará no pronunciamento do vice-presidente do Fed, Richard Clarida, que deve dar mais detalhes sobre a nova estratégia de política monetária baseada numa taxa de inflação média.

Na Europa, bolsas de ações começaram a semana em alta, sustentadas pela expectativa de que os principais bancos centrais vão assegurar políticas monetárias ultra-acomodativas por um longo tempo. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,53%, no momento. Em Paris, o CAC40 sobe 1,03%; o DAX se valoriza 0,75% em Frankfurt. Em Londres, os mercados permaneceram fechados devido a feriado.

As commodities operam em alta, nesta manhã. O índice geral de commodity Bloomberg se valoriza 0,58%, com destaque para o petróleo. O contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 43,46/barril, com alta de 1,14%.

No mercado doméstico, o ambiente externo favorece os ativos locais, mas questões políticas internas devem gerar ruídos, afetando o desempenho dos ativos. Numa semana carregada de indicadores econômicos (será divulgado o PIB do 2º trimestre; produção industrial de julho; dados fiscais, etc), espera-se que, nesta segunda-feira, o governo envie ao Congresso o Orçamento Fiscal de 2021. Uma avaliação positiva sobre o orçamento deve levar a menor pressão sobre o câmbio, favorecendo algum ajuste baixista na curva de juros futuros, em especial na parte média e longa. Para a Bovespa, a sinalização fiscal será importante para a reaproximação do índice ao patamar dos 105 mil pontos.

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