Hojena Economia – 08/11/2021

Hojena Economia – 08/11/2021

As principais bolsas internacionais não mostram movimento uniforme, nesta manhã. Os investidores ficam à espera dos indicadores de inflação, que serão divulgados nos EUA nos próximos dias, após o relatório de emprego divulgado na sexta-feira mostrar forte alta nos rendimentos salariais. São elementos que reforçam as expectativas em torno da evolução da política monetária americana e seus impactos sobre a recuperação global.

Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, na medida em que os investidores avaliavam os dados sobre a balança comercial chinesa e sobre o mercado de trabalho americano. O índice regional MSCI Asia Pacific terminou a sessão com queda de 0,4%, com destaque para a queda das ações relacionadas ao consumo. Na China, foram divulgados os números sobre o comércio exterior, mostrando avanço de anual de 27,1% nas exportações de outubro, superando as expectativas, contribuindo para registrar superávit recorde na balança comercial, de US$ 85,54 bilhões. As importações subiram 20,6% a/a em outubro, vindo abaixo das projeções. No mercado de ações, o índice Xangai Composto subiu 0,20%, nesta segunda-feira. Em Taiwan, o Taiex apurou ganho de 0,68%. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,35% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 0,43% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi cedeu 0,31% em Seul.

Na Europa, as principais bolsas da região não mostram um direcional único, após os ganhos recentes impulsionados por resultados corporativos. O índice pan-europeu de ações STOXX 600 registra queda marginal de 0,07%, sem firmar uma tendência clara. Em Londres, o FTSE100 opera em torno da estabilidade; em Paris, o CAC40 sobe 0,17%; em Frankfurt, o DAX recua 0,11%.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos avançou três pontos base para 1,48% ao ano, revertendo o movimento de queda da sessão anterior, enquanto se espera pelos comentários de vários dirigentes do Fed, que ganham relevância após os bons números sobre o mercado de trabalho de outubro. Hoje as 12h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, fala sobre a economia, e o vice-presidente, Richard Clarida, discursa mais cedo às 11hs. Enquanto se espera pelos pronunciamentos dos dirigentes do Fed, o dólar opera estável frente às principais moedas. O euro é negociado a US$ 1,1561/€, com ligeira queda de 0,05%; a libra é cotada a US$ 1,3486/£, depreciando 0,09%; a moeda japonesa vale 113,43 ¥/US$, com queda marginal de 0,03%. Os índices futuros de ações das bolsas de Nova York operam sem denominador comum: Dow Jones +0,20%; S&P 500 mostra-se estável no momento; Nasdaq desvaloriza 0,10%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã. A empresa estatal petrolífera da Arábia Saudita, Saudi Aramco, elevou os preços que cobrará por seu petróleo a partir de dezembro, sugerindo que a demanda pela commodity permanece forte. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 82,39/barril, com alta de 1,40%.

No mercado doméstico, o imbróglio fiscal segue influenciando negativamente o panorama. A tramitação da PEC dos precatórios pode emperrar após a ministra Rosa Weber do STF conceder liminar suspendendo o pagamento de emendas do relator utilizadas para negociar apoio à matéria. A decisão da juíza vai a julgamento em plenário virtual do Supremo amanhã, o que deve atrasar a votação em segundo turno da PEC, prevista para amanhã. A semana começa com elevada incerteza no âmbito fiscal, o que deve pesar sobre o desempenho dos ativos brasileiro, nesta segunda-feira.

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